Eu senti a sua falta.
Caminhei
entre pessoas, carros e bicicletas, observei a lua e as estrelas,
respirei fundo e dei passos longos, me esqueci de onde estava ainda e
por uns segundos me perguntei: cade você?
Não
é engraçado sentir a falta, mas é curioso e me faz sorrir timidamente
pensar em como mesmo acostumada a te ver pouco, te ter pouco, quando
você não esta eu te sinto muito e quando percebo que só estou lembrando
de seu sorriso, do seu modo de arrumar o cabelo, do seu cheiro, mas você
na verdade não esta, parece que falta alguma coisa.
Falta, é essa palavra que esta aqui me perseguindo, e ao mesmo tempo ganhando um novo significado.
A
gente só sente falta do que faz a diferença sendo sempre igual, quando a
gente percebe que o feijão não ta no prato, que no domingo não tem
ninguém em frente a tevê, que ao atravessar a rua não cruzamos com o
mesmo sorriso, que niguém pediu a benção antes de dormir. Coisas
pequenas, coisas grandes. Falta.
Pra
mim existe uma diferença entre falta e saudades, saudades me remete a
algo que não vai voltar, o primeiro amor, as amizades do colégio, gente
que foi embora, é isso que vem na minha cabeça quando falo em saudade,
ja a falta não, a falta é alguém dizendo: já volto, é um breve espaço
vivendo sem, apenas com lembranças e esperando pelo abraço do
reencontro.
Eu senti a sua, falta.
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