Como
uma fênix. Renascendo das cinzas. Ela se olhou no reflexo da janela.
Minha fé é meu jogo de cintura. São escolhas e como se lida com elas. De
todas as vezes que a rotina e o cansaço a fizeram refém. Que pensar em
desistir e esquecer-se do caminho estiveram tão perto. E tão longe ao
mesmo tempo. Desistir nunca fez parte do plano. O plano nunca foi outro.
Confundiu-se algumas vezes. Talvez por não saber como seria o caminho,
por nunca ter tentado planos para o 'como chegar'. Por ter somente
traçado a meta, a chegada, o ponto final. O ponto final da fênix é
sempre um recomeço.
A
euforia toma conta dos dedos, dos lábios, das pernas inquietas, do
ouvido ávido por novos sons em antigas cantigas. A euforia de perceber
que o ponto final já passou. Que de agora em diante, é recomeço. É
começo de tudo novo. É ela novamente. É euforia, é ansiedade, é não
cansar-se nunca. É confiança nas escolhas, nos caminhos. É a certeza da
fé. O jogo de cintura. A confiança, a certeza, a certeza que explode no
peito, que escorre nos olhos. É lembrar-se daquela noite, do céu
estrelado, do doce na boca, de engolir o desejo, o pedido com fé. Os
cheiros, os sons, as energias flutuantes. É certeza, certeza, certeza
sempre! Caminhos abertos aos Filhos do Vento!
Somos
força, esperança, certeza, caminho, processo, deleite. Somos Filhos do
Vento, caminhamos sob tempestades, somos os primeiros a ver os raios do
sol, somos guiados pela lua. Somos caminho, verdade, vida. Somos os
ciganos do caminho. Ninguém vai, sem por nós passar. Somos Filhos do
Vento! Força, liberdade, luta, trabalho, caminho, verdade, vida!
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